“Estamos convictos de que realizaremos uma das Bienais mais extraordinárias que Porto Alegre já viu”. O curador-chefe Gaudêncio Fidelis pronunciou a frase logo no início da coletiva de imprensa que ocorreu nesta quarta-feira (29), às 9h30, no Santander Cultural. O objetivo do evento foi anunciar a lista dos artistas participantes da 10ª Bienal do Mercosul. Cerca de 700 obras provenientes de 21 países irão integrar as exposições que acontecem do dia 8 de outubro a 22 de novembro sobre o tema Mensagens de Uma Nova América.
Jornada da adversidade, Insurgência dos sentidos, Desapagamento dos trópicos e A jornada continua são os quatro campos conceituais explorados pelos sete curadores desta Bienal. O propósito é apresentar um modelo diferenciado que proporcione diálogos entre artistas mais populares e artes tradicionais e crie um elo entre o canônico e o contemporâneo. As mostras serão divididas em oito lugares: Casa de Cultura Mario Quintana, Centro Cultural CEEE Érico Veríssimo, Instituto Ling, Memorial do Rio Grande do Sul, Museu de Arte do Rio Grande do Sul Algo Malagoli (MARGS), Museu Júlio de Castilhos, Santander Cultural e Usina do Gasômetro. Além das exposições, o curador chileno Cristián Gallegos declarou que a Bienal será pedagógica, pois irá apresentar diversos programas educativos.
Entre os artistas apresentados, 22 são gaúchos. Britto Velho, conhecido principalmente por sua pintura com traços do surrealismo, é um deles. Obras dos brasileiros Aleijadinho e Adriana Varejão e do mexicano José Orozco também serão expostas. “Nós retornamos à vocação inicial da Bienal, que é reescrever a história da arte na América Latina”, disse Fidelis. Ramón Inostroza, curador chileno, salientou que a Fundação permite mostrar que ainda há espaço para a arte na nossa sociedade. Todas as exposições possuem entrada franca e no site é possível conferir a lista completa de obras e artistas.