A união da publicidade com o jornalismo é a premissa que demonstra o diferencial da Aguante Comunicação. A agência especializada em Sport Branding foi formada por uma iniciativa de três ex-alunos da Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da PUCRS, os jornalistas Diego Carvalho e Fernando Martinez, e o publicitário Pedro Mello. Com a empresa criada há pouco tempo, Martinez e Mello revelaram ao Espaço Experiência, nessa terça-feira (8), as expectativas de entrar no mercado como um grupo que atua de forma diferente nesse segmento.
Espaço Experiência: Como surgiu a ideia de montar uma agência que alimenta a imprensa esportiva?
Fernando Martinez: Como antes já trabalhávamos, Diego Carvalho e eu, com jornalismo esportivo recebendo realeases e material de outras assessorias de imprensa, identificamos algumas falhas, coisas que achávamos que podiam melhorar. O Diego, que estava no Paraná, veio com essa ideia. mas achei que a proposta ainda estava muito quadrada. Nós iriamos fazer tudo o que os outros já faziam, só oferecer serviços mais baratos. Falei para o Diego que nós poderíamos chamar o Pedro Mello, que estava saindo de uma agência de publicidade. O Pedro se empolgou e em seguida nós já abrimos a empresa. Fizemos a criação do logotipo, prospectamos clientes e partimos para o trabalho.
EE: Como foi o processo da criação e organização da empresa?
Pedro Mello: Entrei já na metade do processo. A ideia inicial já havia sido plantada. Nos reunimos umas duas ou três vezes e em 20 dias já estávamos com quatro clientes, o que era a nossa meta pra colocar nossa empresa na rua.FM: Oficialmente, foi em 1º de maio, Dia do Trabalho. Conseguimos os clientes em cinco ou seis dias, viajando por vários lugares, apesar de receber muitas rejeições.
EE: Qual a perspectiva do mercado atual desse segmento, agora que vocês estão inseridos nesse contexto?
FM: Possivelmente nós conseguiremos estabilidade no futuro. Para os atletas é muito difícil porque, às vezes, eles não recebem salário, e a carreira é muito curta. Então, devemos sempre estar prospectando clientes, não podemos parar. Tentamos dar uma nova cara ao atuar com jornalismo esportivo, mas devemos buscar o crescimento. Se precisarmos contratar pessoas para trabalhar conosco, vamos chamar gente de outras áreas porque não somos só assessores de imprensa, somos uma agência de comunicação.
PM: Agora estamos trabalhando apenas com atletas, mas, no futuro, também queremos atender marcas, empresas. Por enquanto, para conseguir entrar no mercado resolvemos restringir a esportistas e clubes.
EE: Por que vocês escolheram o Facebook e o Twitter como as principais redes sociais utilizadas e que servem de veículo midiático?
FM: Porque é o que todo mundo usa. O Twitter é o melhor meio para nos organizarmos. Lá, não importa o número de seguidores, desde que sejam pessoas que repassem as nossas notícias e o nosso material. O que utilizamos principalmente é o mailing, com repórteres e redações do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que são nossos clientes atuais.
PM: Hoje é muito mais fácil ter acessos em um perfil do Facebook do que na página do site. Como estávamos no início, achamos que ainda era cedo manter uma sede física e arcar com os gastos da locação de uma sala. Então, criamos um escritório no Facebook. É um grupo um secreto, onde publicamos as pautas, dividimos as tarefas e organizamos nossa agenda. No futuro, poderemos dizer que o nosso primeiro escritório foi em uma rede social.
EE: Em determinadas situações, por vocês assessorarem e terem como clientes diferentes atletas, pode acontecer de alguns se tornarem inclusive rivais. Como lidar e se posicionar a respeito de episódios deste tipo?
FM: Trabalhamos com alguns atletas que se encontram em situação parecida. Somos profissionais. Precisamos focar nos nossos atletas, tentando administrar da melhor maneira possível, levando em consideração ambos os lados. Queremos o sucesso profissional de todos, porque é o nosso também. A rivalidade é entre eles, nós só assessoramos.