O presente artigo visa repensar a importância dos estudos semióticos na prática comunicacional, entendidos como lógica do conhecimento e da produção de sentido, passíveis de serem revistos aqui como uma noção interdisciplinar de cultura que abrange os mais diversos campos das áreas do fazer e do dizer humano. Promove a reflexão entre as teorias mais conhecidas e os estudos ligados à cultura e predominantemente à noção de semiosfera, criada por Iuri Lotman num diálogo com a posição já clássica de Umberto Eco, onde todo ato de significação é um ato de comunicação e, conseqüentemente, de cultura. Recupera, igualmente, algumas das contribuições deste autor naquilo em que pretende atender à multiplicidade, à diversidade, à polissemia de significações, que revestem as mais diferentes óticas do viés cultural somado ao comunicacional.