A consciência ambiental é uma das marcas dos anos 1960/1970, em concomitância com o quase desaparecimento do que seria entendido por Natureza. A presente análise utiliza a idéia de Paisagem, surgida como temática da pintura durante o Romantismo. A construção de imagem que se dá, então, prioriza o pitoresco, ou seja, um olhar sobre a natureza que a vê como harmoniosa e acolhedora, cuja expressão máxima seria os jardins. O Turismo, que também começa a se desenvolver no período, inclusive com a edição de guias de turismo, incorpora a estética do pitoresco para qualificar os destinos de montanha e litoral, permitindo retomar a questão da presença/ausência da Natureza nos cenários então valorizados. A reflexão encaminha que, nos desdobramentos da Paisagem para a paisagem turística ou mesmo para a dita paisagem cultural, o que acontece é o apagamento do natural, com sua recuperação só sendo possível com suportes tecnológicos.