Neste dia 7 de abril se comemorou o Dia do Jornalista. Este ano, a data marcou o início de um calendário de manifestações públicas e atividades nas Assembléias Legislativas, Câmaras Municipais e no Congresso Nacional a favor da aprovação das Propostas de Emendas Constitucionais (PECs), que definem a volta da obrigatoriedade do diploma ao exercício da profissão.
No dia 17 de junho completa um ano a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de que a profissão de jornalista não precisa de um diploma que a regulamente. Para chamar a atenção de autoridades e da opinião pública para a data, haverá uma marcha para Brasília, apoiada pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ). Segundo o professor Celso Augusto Schröeder, presidente do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação e 1º vice-presidente da FENAJ, a decisão do STF é “obscurantista, um equívoco no reconhecimento do ensino do jornalista, que desencadeou um período paradoxal. Ao mesmo tempo em que pune os Sindicatos e a classe, desencadeia nas universidades e na sociedade uma reação a favor dos jornalistas”.
Sobre a atuação da Famecos, Schröeder diz que “foi decisiva na luta pelos direitos dos jornalistas e deve, de novo, fazer isto”. Quanto ao esquecimento do fato pelas redes hegemônicas de comunicação, foi enfático: “a opinião pública está engajada, apesar das grandes redes já terem esquecido. É preciso mobilizar utilizando as mídias alternativas. O silêncio sobre este debate é proposital”, afirmou.
O contato com líderes partidários para as indicações dos titulares e suplentes da Comissão Especial, criada para analisar as PECs na Câmara, é importante para agilizar a votação e é realizada pelos Sindicatos de Jornalistas. Segundo o professor Schröeder, “a Câmara é um local onde boa parte dos deputados é chefe de meios de comunicação, o que torna a aprovação mais difícil, mas não impossível”.
Mais informações no Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação.