O colunista de esportes do jornal Zero Hora Diogo Olivier esteve, na manhã desta terça-feira (19), na Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da PUCRS para uma conversa com os alunos da disciplina de Jornalismo de Opinião, ministrada pelo professor Juan Domingues. O jornalista relatou suas experiências profissionais, expondo sua rotina na redação.
Além da coluna diária, assumida em 2011, Olivier mantém o blog No Ataque e é comentarista da RBS TV em jogos da dupla Gre-Nal. O jornalista ingressou como repórter na editoria de política do jornal em 1991, onde permaneceu até 1997, quando foi transferido para o setor de esportes.
Para Olivier, é importante que um colunista combine apuração e opinião, para tornar o texto atrativo ao leitor. “Ninguém está interessado em saber o que eu acho. É preciso opinar, interpretar e informar. Oferecer algo novo. Temos de ser repórteres o tempo todo”, ressalta.
O jornalista destaca a necessidade de se apresentar fatos exclusivos, para que a coluna possa sobreviver à concorrência com outas mídias, como a internet. “A oferta de conteúdo é muito grande. Se não tiver o diferencial, tu acabas engolido”, afirma Olivier.
O colunista comentou sobre os riscos que assume, ao opinar sobre futebol, admitindo que se pode cometer pequenos deslizes. “Eu erro e faço questão de corrigir. O colunista tem de se arriscar, dar a cara para bater. Dá credibilidade ”, defende.
Segundo o jornalista, experiência na editoria de política o auxiliou a lidar com as críticas dos torcedores de Grêmio e Inter. “A pressão na política é muito maior. Recebi ameaças, fui processado. É mais fácil lidar com futebol”, compara. A influência dos leitores é outro aspecto ressaltado. “Quando tu dizes uma coisa e se entende outra, algo tá errado. O feedback é interessante”, destaca o colunista.
Ao final da conversa, Olivier aconselhou os alunos a serem independentes e procurarem discutir suas posições com colegas de redação. “Quanto mais se duvidar, melhor. Tem de ir atrás, confirmar a informação. O texto de opinião não pode ser autoritário”, completa o jornalista.