Resgatando algumas questões trabalhadas no modelo informativo de Shannon e Weaver (1948), acrescidas das ampliações de Umberto Eco e Palolo Fabbri nos dois modelos comunicacionais seguintes, o modelo semiótico-informativo (1978) e o modelo semiótico- textual (1979), o presente artigo visa problematizar a relação estabelecida entre a noção de código e as circunstâncias de comunicação, entendidas aqui como aqueles elementos participantes de uma dada situação concreta que auxiliam na compreensão entre o remetente e o destinatário, interferindo diretamente no processo de (re) significação. Longe de produzir uma transmissão da informação de sentido unívoco, a heterogeneidade de fatores envolvidos no processo comunicacional traz à tona complexos jogos interpretativos, que ora se antagonizam, ora se complementam, ora se harmonizam na constituição de um determinado sentido.