O jornalista de Zero Hora Luiz Antônio Araujo esteve nesta segunda-feira (22) na Faculdade de Comunicação Social da PUCRS para uma conversa com estudantes do primeiro semestre. No bate-papo, compartilhou suas experiências como correspondente de guerra com a turma da disciplina de Entrevista e Técnicas de Reportagem, ministrada pelo professor Juremir Machado da Silva. Araujo destacou a faculdade e o conhecimento como decisivos ao profissional de Comunicação.
Luiz Antônio Araujo, atualmente editor-chefe da editoria mundo do veículo ZH, foi enviado ao Paquistão após os ataques de 11 de setembro, nos Estados Unidos, em 2001. A experiência deu origem ao livro Binladenistão – Um repórter brasileiro na região mais perigosa do mundo. A obra concorreu em 2010 ao Prêmio Jabuti na categoria melhor reportagem e narra os 29 dias da viagem de Araujo pela região.
Na conversa com os estudantes, Araujo abordou temas polêmicos, como o da necessidade do diploma para exercer a profissão, e destacou que analistas e técnicos são ótimos em suas repectivas áreas, mas não conhecem as técnicas necessárias para a transmitir informações de forma clara e concisa ao público nos veículos de comunicação. “A visão do jornalista é insubstituível. Ele é o profissional treinado para passar a informação de maneira correta”.
A importância de uma boa apuração e o instinto de sobrevivência em situações extremas foram citadas pelo editor. Para ele, independentemente da criação de novas plataformas de jornalismo, o que se deve considerar, principalmente como subsídio para pautas ou reportagens, são as entrevistas feitas com aqueles vivenciaram os fatos.
Como dica aos futuros jornalistas, Luiz Antônio Araujo enfatizou que a leitura, a procura de informações e o aproveitamento de todas as ferramentas da instituição e de seus profissionais são fatores cruciais na formação de um bom jornalista. “Atualmente, o jornalista deve procurar seu lugar e papel na mídia e no cotidiano. O mundo vem mudando rapidamente e devemos acompanhar todas as mudanças da melhor maneira possível”.