Atividade faz parte da pesquisa do Ubilab em parceria com o MIT Mobile Experience Lab sobre os hábitos da geração Milênio (Foto: Bernardo Speck)
Nessa quarta (6) e quinta-feira (7), representantes da equipe de pesquisadores do Mobile Experience Lab do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) ministraram o workshop Millenial Experience Design para dois grupos de estudantes da PUCRS. A atividade ocorreu na Arena (sala 303), na Faculdade de Comunicação Social (Famecos), e teve o objetivo de proporcionar troca de experiências sobre os milenares, ou seja, a geração entre 18 e 33 anos que nasceu no mundo digital. Os tópicos valor de carreira, limites de privacidade e experiência do usuário milenar, desenvolvidos na sequência de reflexão, desconstrução e design, foram base para os exercícios realizados.
Promovido pela equipe que integra o Laboratório de Pesquisa em Mobilidade e Convergência Midiática (Ubilab) da PUCRS, por meio da parceria de pesquisa com o MIT, o encontro contou com a mediação dos professores da Famecos Ana Cecília Bisso Nunes, André Pase, Eduardo Pellanda e Marcelo Fontoura. Os pesquisadores do MIT Experience Lab que ministraram a atividade foram Andrew Richards, Hala Khoursheed, Jean Berthelot Kleck, Stella Kim e Yihyun Lim.
No turno da manhã, os estudantes receberam oito cartões com as palavras paixão, bem-estar, flexibilidade, aprendizagem, identidade, conexões sociais, lazer e dinheiro. “O que é trabalho e o que vocês pensam sobre isso? Definam, individualmente, os conceitos de trabalho e carreira”, solicitou um dos ministrantes da atividade, Jean Berthelot Kleck. Foram formados grupos com aqueles que haviam colocado a mesma palavra dos cartões em primeiro lugar para definir os conceitos e descrever como seria o ambiente ideal para trabalhar. Por fim, apresentaram em cinco palavras que refletem sua percepção sobre o trabalho feito em bancos financeiros. A segunda sessão do workshop contemplou a questão quais são as suas coisas valiosas? e os participantes tiveram cinco minutos para escrever palavras-chave que respondessem à pergunta. Em seguida, foram questionados sobre como mantêm protegido o que tem valor e o conceito de seguro. As respostas dos estudantes apontaram itens materiais, como celular, e imateriais, como memórias, família e relacionamentos.
À tarde, o tema Experiências que valorizamos – Tendências milenares emergentes guiou a atividade. Os pesquisadores do MIT Mobile Experience Lab apresentaram, segundo pesquisas, os aplicativos mais utilizados pela geração dos milênios nos celulares. O mais frequente é o Facebook, seguido respectivamente por WhatsApp, Instagram e Snapchat. Quebra do produto foi o primeiro exercício proposto pela equipe aos estudantes. “Escolham um produto e decomponham-o. O que faz os usuários utilizá-lo? Em que contexto e por que é usado? Como afeta as pessoas?”, questionou Hala.
Os pesquisadores mostraram aos estudantes as tendências milenares emergentes, visando compreender como essa geração trabalha e se comunica, utiliza seu tempo livre e interage com dinheiro. Segundo os dados que a equipe trouxe, 90% dos milenares podem ser encontrados no Facebook. Entre as tendências foram apontadas influência social, co-criação, conteúdo personalizado, autenticidade e conhecimento integrado. “Nós valorizamos produtos que são instantâneos, informacionais e fáceis”, afirmou Hala.
A última atividade do workshop consistiu em criar um produto que auxiliasse o usuário na gestão de suas informações financeiras e descrever as funcionalidades, o tipo de usuário e a administração da privacidade. Ao final, os estudantes apresentaram os resultados. Foram seis aplicativos, cada um criado por um grupo. As ideias atenderam às áreas de viagens, empréstimos, trocas, economia, investimento e ensino financeiro para crianças e adolescentes. “Acredito que todos vocês já têm ideias para suas próximas startups“, brincou a pesquisadora Yihyun Lim.
O workshop integra a nova pesquisa do Ubilab, em parceria com o MIT Mobile Experience Lab, sobre os hábitos da geração Milênio.