“Documentário, ficção ou vídeo-criação?”, pergunta o curador da mostra Videonautas, Xavier García Puerto, aos espectadores que assistiam aos curtas no auditório da Famecos, nesta quinta-feira, dia 20. A platéia estava em dúvida.
Com mediação do professor da Famecos, Gustavo Spolidoro, o bate papo discutiu a narratividade de 12 vídeos elaborados na Espanha de 2002 a 2008. Os filmes misturam animação com realidade, não têm diálogos e, em sua maioria, não têm uma continuidade temporal lógica. Pessoas andando de costas e políticos com narizes de palhaço são algumas das cenas.
O espanhol Xavier explica que foram os programas de animação e a influência da arte contemporânea que permitiram a criação dos vídeos. A maior parte é de baixo orçamento. O curador reforça a ênfase na utilização de várias linguagens diferentes. Ele entende que a graça dos filmes é transcender a ideia inicial de curta-metragem ou vídeo-arte. “O importante é pensar com liberdade o que é melhor para contar essa história”, diz o especialista.
A mostra começou a circular pela Espanha em 2009 e já passou, através do Instituto Cervantes, por países como Israel e China. No Brasil, os vídeos foram apresentados na semana passada em Belo Horizonte e agora vieram a Porto Alegre.
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