Historiador conversa sobre a fotografia fazendo analogia entre cães e anões (Foto: Júlia Brasil/Famecos/PUCRS)
Na última quinta-feira (16), a Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da PUCRS recebeu Maurício Lissovsky. Além de redator e roteirista, o convidado é graduado em História pela Universidade Federal Fluminense e possui mestrado e doutorado em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Na arena do prédio 7 aconteceu a palestra “Fotografia e Antropogênese: o melhor amigo do homem”. Diversos professores da Faculdade estiveram presentes, como Antônio Hohlfeldt, Cristiane Freitas, Cristina Lima, Juliana Tonin, Jacques Wainberg, Eduardo Pellanda e Vinicius Mano.
O objetivo da conversa foi distinguir a tensão que existe entre máquinas fotográficas e animais. Lissovsky afirma que câmeras funcionam como máquinas antropológicas, ou seja, a partir de um estudo aprofundado do ser humano. O historiador usa exemplos como anões e cachorros para explicar as distâncias imaginárias entre as espécies na fotografia.
Para representar seus estudos, o palestrante mostrou diferentes fotos ao longo da história, que contextualizam a diferença de tratamento desses personagens. Segundo ele, as pessoas se acostumaram com a imagem do cachorro como um membro da família e passaram a tratar o anão como uma anomalia. Sendo assim, Lissovsky acredita que essa troca de identidade se torna uma ironia visual. Além disso, deixa uma reflexão sobre o trabalho: “a fotografia é a melhor amiga do homem. A fotografia é um cão empalhado”.