Na noite da última terça-feira (19), os estudantes da Faculdade de Comunicação Social (Famecos) participaram da palestra Desafios do Relacionamento no Marketing Digital. O encontro, mediado pela professora Roberta Mânica, contou com a participação dos profissionais da área Dirceu Corrêa Júnior e Sanchae Camatti. O evento fez parte das atividades do segundo dia da semana Famequiando – projeto experimental dos alunos da disciplina de Planejamento e Produção de Eventos do curso de Relações Públicas.
Os palestrantes apresentaram o cenário atual das redes sociais e da web 2.0 no qual as empresas estão se inserindo. Camatti, gerente comercial da Unidade Novos Negócios do Grupo RBS, iniciou a palestra alertando para a qualificação de indexação das empresas nos principais buscadores da web. “As pessoas têm necessidade em encontrar as coisas. Quem não é encontrado na internet, não existe”, conta Camatti, coordenador de um dos principais guias de busca do país, o Hagah. Segundo ele, as empresas devem trabalhar com o conceito de “encontrabilidade”, ou seja, elas devem criar conteúdos relevantes para serem encontradas na busca, pois se o que elas criarem não for importante, não será visto pelas pessoas.
Corrêa Júnior, diretor comercial da Multipós – empresa de pesquisa, monitoramento e atendimento ao cliente nas redes sociais – , apresentou o cenário da era da web 2.0 e o relacionamento das empresas com o cliente. Para ele, a evolução do relacionamento empresa-consumidor ao longo dos anos exigiu uma evolução no processo de troca com o cliente, como o Fale Conosco. De acordo com Corrêa, as empresas ainda estão muito carentes dentro dessa abordagem de redes sociais e web 2.0, ainda não criaram uma estrutura que atenda à demanda, principalmente quanto à gestão de relacionamento, o SAC 2.0.
“A maioria dos consumidores aprova ações nas redes sociais, mas falta engajamento das organizações para haver interação no processo de compra e venda”, salienta Corrêa Júnior, que apresentou dados sobre os perfis dos consumidores da web, desde os fidelizados até os detratores, aqueles que “acabam” com o produto com comentários nas redes sociais. Corrêa Júnior concluiu que a web 2.0 ainda é um mercado que precisa ser compreendido, e oportunidades de negócio, como a otimização dos mecanismos de busca e o gerenciamento da relação com o público nas redes, devem ser trabalhadas e aprimoradas.