Acredita-se que a pós-modernidade esteja impelindo uma nova forma de apropriação e, sobretudo, uma crescente adaptação das narrativas dos contos de fadas ao imaginário contemporâneo. Dessa forma, com o passar do tempo os contos de fadas tornaram-se cada vez mais polissêmicos e passaram a atingir simultaneamente todos os níveis do desenvolvimento humano. Portanto, compreender esse ser social também como um ser simbólico e consumidor de contos de fadas é resgatar uma dimensão de emoções, fantasias e sonhos desprestigiada pela racionalidade moderna. Assim, o objetivo deste artigo será apresentar algumas reflexões sobre os aspectos de consumo das produções audiovisuais tematizadas a partir dos contos de fadas no Brasil e direcionadas ao público infantil, bem como colocar em relação essas práticas de consumo com a classificação indicativa etária dessas obras, sob a luz do tempo presente.