A profissão de Relações Públicas está em debate. Na noite dessa quinta-feira (26), no auditório da Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da PUCRS, alunos, professores e a presidente do Conselho Federal de Profissionais de Relações Públicas (Conferp), Andréia Athaydes, discutiram o futuro da profissão de Relações Públicas no Brasil, uma vez que existe uma proposta para flexibilizar o exercício profissional.
O evento começou por volta das 18h30min, com a presidente do Conferp, que fez uma contextualização histórica das Relações Públicas. Segundo Andréia, a flexibilização não é um processo recente, mas algo que se discute há pelo menos 20 anos. Ela disse que desde os anos 60 mudanças têm ocorrido na profissão e no mercado. “Agora, é preciso fazer ajustes”, afirmou.
A presidente explicou os três critérios que foram escolhidos para essa abertura na profissão: ser bacharel em Relações Públicas ou em cursos que atendam as diretrizes curriculares da área; ser bacharel na área de Comunicação com Mestrado ou Doutorado; ter pós-graduação lato sensu, ou seja, uma especialização acompanhada de exame de proficiência. O último critério é o que gera mais polêmica. Enquanto o assunto não se define, Andréia garante que estudantes poderão participar da discussão por meio dos coordenadores de curso.
Durante o evento no auditório da Famecos, professores e alunos também puderam questionar a ideia proposta pelo Conferp. O estudante de Relações Públicas Lucas Pimenta se diz inseguro com o futuro da profissão. “Acho que antes da flexibilização existem outros critérios mais importantes a serem tratados. Se isso ocorrer agora, vamos estar deixando pessoas de outras áreas ocuparem nosso lugar”, diz Pimenta.