Poliana Abritta concedeu entrevista para o portal Eusoufamecos no estúdio da GloboNews montado no 28º SET Universitário (Foto: Joana Berwanger)
“O jornalismo tem uma adrenalina própria que é viciante”. É assim que a apresentadora e repórter do Fantástico Poliana Abritta define a profissão. Durante sua visita ao 28º SET Universitário, nessa terça-feira (29), ela conversou com o portal Eusoufamecos. Analisou o futuro da televisão, relembrou momentos marcantes de sua carreira e admitiu que não consegue escolher entre a apresentação e a reportagem. “Cada uma das funções tem um prazer diferente”.
Na reportagem, ela afirmou que existe uma troca com o público da rua. Assim, é possível reproduzir histórias para os outros. A apresentação é o contrário, trata da troca com o telespectador. “Nessa função, eu toco na campainha da casa das pessoas e digo ‘presta atenção, tenho algo bom para te mostrar'”. Segundo Poliana, a apresentação é o primeiro passo. A reportagem, o segundo. No primeiro, ela representa toda a equipe, todos que trabalharam para ver o programa no ar. “Por isso, tenho que fazer isso da melhor forma possível, com a delicadeza e a intimidade que a função me permite”.
A abertura do Fantástico, muitas vezes com uma grande reportagem, exemplifica bem o que a jornalista quer dizer. Em geral, as matérias servem como boas-vindas ao telespectador, que se prepara para começar a semana seguinte. “Uma matéria de superação, por exemplo, que seja relevante para o telespectador. Eu estou entrando na sua casa, e tenho que oferecer o melhor naquele momento, para você acompanhar até o fim da edição”. Normalmente, cada programa contém uma reportagem especial, que pode levar meses para ser produzida. “Ela entra no cardápio, mas não obrigatoriamente na abertura”.
Sobre o futuro do jornalismo de televisão, com as redes sociais e o Youtube, Poliana acredita que exista um grande casamento. Ou seja, são ferramentas e instrumentos que permitem uma troca, um cruzamento. “Isso só agrega. Não vejo como uma perda, mas como um somatório”.
A apresentadora do Fantástico relembrou momentos marcantes da carreira. Ela afirmou que cobrir eleições é sempre um desafio. “É um momento que mexe com todo o país e, principalmente, com quem está trabalhando na cobertura”. Mas a adrenalina aparece em qualquer pauta. Trabalhando na Globomar, por exemplo, Poliana viveu momentos de tensão, passando por ondas enormes. Ela lembra quando foi para o Irã com o ex-presidente Lula. “Foi uma cobertura incrível. Eu e uma outra repórter éramos as únicas mulheres de toda a comitiva, predominantemente masculina”.
Poliana não tem sonhos específicos. Seu maior desejo é viver grandes momentos e contar histórias que possam mudar a vida das pessoas. “Seja informando ou participando de outra etapa do processo, eu quero contribuir para que isso aconteça”. No jornalismo diário, a jornalista disse que tem a oportunidade de conviver com pessoas diferentes. Para a brasiliense, jornalismo é coração. “Ele me nutre de diferentes formas e em diferentes aspectos. Eu sou apaixonada pelo meu trabalho. Sou realizada e quero fazer isso por muito tempo”.