Um fato ocorrido na última quarta-feira (21) gerou grande polêmica na mídia e nas redes sociais. Durante solenidade na Assembleia Legislativa, a deputada estadual Marisa Formolo, do Partido dos Trabalhadores (PT), distribuiu medalhas da 53ª Legislatura e do Mérito Farroupilha a diversos familiares, como irmãos, filhos, cunhados e genros. Devido à grande repercussão do caso, o ato refletiu de forma negativa na imagem da deputada Marisa Formolo e do partido político ao qual pertence.
Conforme a professora da Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da PUCRS, Souvenir Dornelles, que ministra disciplinas relacionadas à Comunicação de Crise de Imagem na graduação e na pós graduação, o tema política está em pauta e práticas governamentais negativas são de interesse do público e da mídia em geral. “Tivemos em 2014 uma eleição pesada, conturbada, na qual os partidos políticos se expuseram muito. Depois da eleição, a política e os atos públicos continuaram em evidência”, disse.
Souvenir, que além de professora também trabalha com consultoria em pesquisa de opinião e mercado para empresas públicas, privadas, partidos políticos e empresas do terceiro setor do Rio Grande do Sul, acredita que a parlamentar gaúcha ficou marcada pelo que fez. “Ao homenagear seus próprios parentes, depôs contra o poder público, legitimando uma imagem negativa que se vincula ao seu partido, que vai pagar essa conta”, afirmou.
A professora também comentou a explicação formulada por Marisa – na qual a deputada alega o direito de homenagear seus familiares. Segundo Souvenir, a justificativa foi um descaso com a opinião pública. “Se eu fosse assessora do partido, tomaria como saída a pressão para que ela devolva as medalhas, a fim de que as pessoas desvinculem o partido do fato, que passaria a ser meramente pessoal”, disse.