O que é família para o jovem brasileiro? Quais são as ideias e aspirações daqueles com idade entre 18 a 34 anos sobre o tema? Essas e outras respostas fazem parte do estudo De onde vieram e para onde vão: ideias e aspirações dos jovens brasileiros sobre o conceito de família que o Núcleo de Tendências e Pesquisa, do Espaço Experiência da Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da PUCRS está produzindo. Os resultados devem ser divulgados até o final do primeiro semestre deste ano.
Segundo o coordenador da pesquisa Ilton Teiltelbaum, a implicação surgiu do Projeto 18/34- análise do perfil do jovem brasileiro, lançado em novembro de 2013, pelo núcleo, e que teve repercussão nacional no seu lançamento. “Quando falávamos sobre sonhos e aspirações, 38,5% dos jovens afirmaram ter intenção de formar família. Então, causou um alvoroço, porque se falava que esse conceito havia acabado, que as pessoas não queriam casar. Surgiu a implicação para futuras pesquisas: o que é família?”, explica Teiltelbaum.
O projeto está na fase das pesquisas quantitativas, com jovens de 18 a 34 anos, via internet. Já foram ouvidas 926 pessoas até o começo dessa semana. Durante as pesquisas qualitativas foram feitas 24 entrevistas, com 14 jovens que pretendem formar família e dez pessoas que já constituíram uma.
A pesquisa classificou o conceito de família em sete tipos: Díade Nuclear, duas pessoas em relação conjugal sem filhos; Nuclear ou Simples, união entre adultos e um só nível de descendência; Alargada ou Extensa, na qual coabitam pais, tios, avós, primos por consanguinidade ou não; Reconstruída, Combinada ou Recombinada, família em que existe uma nova união conjugal, com ou sem descendentes de relações anteriores; Homossexual Feminina e Masculina, união conjugal entre duas pessoas do mesmo sexo, interdependente do restante da estrutura; e Monoparental Feminina e Masculina, família construída por um progenitor que coabita com seus descendentes.
A próxima etapa do projeto é o processo de análise e tabulação dos resultados. Outro ponto importante destacado por Teiltelbaum é que a pesquisa é feita por jovens. “Queremos que a perspectiva de quem responde seja a mesma de quem pergunta’, afirma.