Hiltor Mombach e Carlos Corrêa conversaram com os alunos sobre jornalismo esportivo (Foto: Letícia Monteiro)
Apresentar o cotidiano da cobertura esportiva. Esse foi o objetivo da oficina Jornalismo Esportivo, ministrada por Hiltor Mombach e Carlos Corrêa. O evento, realizado pela Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da PUCRS, faz parte da semana de comemoração dos 120 anos do jornal Correio do Povo.
Mombach iniciou a conversa com os estudantes contando experiências que acumulou ao longo de 40 anos de atuação. Formado na Famecos, ele comentou que, devido ao avanço da internet, a rotina no jornal impresso mudou completamente. “Hoje saio do jornal com a certeza de que algo ficou de fora”. A diversificação do mercado de trabalho e a presença multimídia do repórter são alguns aspectos do cenário atual que chamam a atenção de Mombach. Para ele, o jornalismo não requer talento, mas vocação. “Se você faz o que gosta, você vai morrer apaixonado pela profissão”.
Corrêa apresentou reportagens esportivas feitas pelo periódico. Desde 2009, as matérias produzidas pela equipe de oito pessoas da editoria juntam quatro prêmios ARI de Jornalismo. Editor-assistente de esportes e ex-setorista do Grêmio e do Internacional, ele explicou os bastidores da vida do jornalista esportivo. “Nessa área é fácil o profissional se deixar levar pelas tentações expostas”. Para Corrêa, o futebol é apenas uma pequena parte do segmento. “As melhores histórias para o jornalismo esportivo são encontradas fora do futebol”.
Jovane Guissone, campeão paralímpico e atleta da seleção brasileira de esgrima em cadeira de rodas, foi o convidado dos ministrantes para fazer parte da oficina. Simulando uma coletiva de imprensa, os estudantes deveriam realizar perguntas e redigir um texto. Após isso, o trabalho foi analisado pelos jornalistas.