Na última segunda-feira (5), a Associação Riograndense de Imprensa (ARI) elegeu a nova chapa para comandar a entidade. Luiz Adolfo Lino de Souza, Ciro Castilhos Machado e Cristiane Finger se tornaram presidente, 1˚ vice e 2ª vice, respectivamente. Durante a votação, 40 sócios compareceram à sede. Com unanimidade, eles foram escolhidos para comandar pelo triênio de 2017/2020. A cerimônia de posse ocorreu nesse sábado (10), às 11h.
Fundada em 1935, a ARI sempre esteve ao lado do jornalista e na defesa do exercício da profissão. O escritor e jornalista Erico Veríssimo foi o primeiro presidente da instituição. Depois disso, ilustres nomes passaram por esse cargo, como Alberto André, que permaneceu à frente da entidade por 34 anos e Antônio Gonzalez, que era na época o diretor da Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da PUCRS. Associado há mais de 30 anos da ARI, Luiz Adolfo Lino de Souza conta que é uma honra ser o novo presidente e que os nomes citados também foram estímulo de uma grande motivação. Ele conta também que presidir essa associação é uma oportunidade de continuar esse trabalho que teve a inspiração de mestres para inúmeros nomes do jornalismo gaúcho.
O presidente afirma que pretende traçar projetos para melhorar a gestão e aproximar a associação de seus sócios. Depois disso, quer desenvolver ações em cada diretoria para aumentar o número de associados. A ARI vai estar ao lado na defesa dos principais temas contemporâneos. “Acredito que o jornalismo pode contribuir decisivamente para colaborar com a sociedade e enfrentar seus problemas, especificamente, pelo despudor de ações que prejudicam a convivência entre sociedade”, afirma. Luiz de Souza pretende fazer com que a entidade contribua e facilite a valorização da atividade do jornalista e o papel da imprensa livre. “Apenas com a valorização do papel do jornalista, podemos auxiliar a imprensa e seus veículos a enfrentar os obstáculos de uma sociedade que vive uma revolução tecnológica na comunicação. O papel de um jornalista responsável é fundamental para a missão do jornalismo em uma sociedade democrática”, conclui.
Cristiane Finger, professora da Famecos, assumiu a 2ª vice-presidência da Associação. Ela relata que além da honra de estar na chapa de uma entidade tão importante para os jornalistas, está feliz por representar a primeira mulher na gestão. “Eu não acho que uma mulher tem que conquistar alguma coisa por ser mulher, mas nada pode ser proibido a ela por ser mulher”, observa a jornalista sobre seu novo cargo. Na nova chapa, existe ela e mais 10 mulheres. “As pessoas se deram conta de que era necessário uma representatividade feminina”. Ela conta que apesar de a mulher já ter conquistado muito espaço, ainda existem grandes desafios. Cristiane relata que sua sobrinha de 18 anos disse uma frase que a marcou e que concorda quando assumiu a vice-presidência: “quando uma mulher avança, nenhum homem retrocede”. Ela diz que as mulheres não precisam entrar em guerra para ocupar os espaços que são naturais e que merecem.
Sobre a ARI, a 2ª vice afirma que é uma instituição que carrega um carinho e uma tradição da categoria. Ela pretende, junto com Luiz, dar um sopro de vitalidade, buscando mais estudantes e recém formados e promover debates, como o de gêneros. “Temos que manter essa tradição que a ARI tem, mas renovar e estar mais presente na vida dos associados”. Apesar do desafio, ela afirma estar pronta. “Em um mercado que é difícil, vamos ver o que a gente consegue fazer em conjunto não é?”, completa esperançosa.