Troca de experiências e de culturas. Esse é o pensamento quase unânime dos oito alunos da PUCRS selecionados para participar do Projeto Rondon 2015/2. “Quero conhecer outra cultura e viver uma realidade diferente da nossa”, empolga-se Bruna Tonding, estudante de Serviço Social que está apaixonada pela proposta. “É um curso de extensão intensivo de Brasil”. Com essa afirmação, o professor do Curso de Odontologia Denis Dockhorn tenta dimensionar o significado maior do Projeto Rondon. Dockhorn e a professora Maria Helena de Oliveira, da Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da PUCRS, são os coordenadores do grupo que tem como destino São Bento do Tocantins, município com pouco mais de três mil habitantes.
Para Dockhorn, o Projeto Rondon movimenta a cidade por trazer perspectivas de pessoas que vivem em outra realidade. Os alunos selecionados elaboraram oficinas e gincanas, como a miscelânea cultural e uma feira da vida saudável, entre outros. O objetivo é integrar os moradores e estudantes do pequeno município da região norte do Brasil. “Tirar as pessoas da rotina, fazer com que elas pensem sobre a vida que levam, discutir os problemas para buscar soluções locais”, explica o professor. O Rondon não é um projeto assistencial, mas um compartilhamento de culturas e conhecimento. ”O objetivo é buscar caminhos e soluções”, sugere Maria Helena.
O projeto prioriza amizade, confiança, liderança, paciência e espirito de equipe. “É algo que o campo universitário muitas vezes não proporciona”, afirma Dockhorn. Os alunos participantes têm entre 19 e 26 anos. Uma curiosidade é que nenhum dos selecionados é do mesmo curso. A troca de experiências já começa antes do embarque para a viagem do dia 17 de julho. As duas semanas que vão passar no Tocantins criam muitas expectativas em todos os envolvidos. “Espero voltar mais humano. A viagem vai contribuir muito para mim”, idealiza o estudante de Relações Públicas Guilherme Severo.
A aluna Francieli Caetano, estudante de Ciências Biológicas, espera que a troca de conhecimentos possa mudar seu pensamento. “Minha ideia é crescer como pessoa”, acredita. Para o professor Dockhorn, o Projeto Rondon, ao proporcionar a vivência de uma nova realidade, transforma os participantes. “A vivência de valores faz com que os rondonistas voltem pessoas melhores, melhores amigos e cidadãos”, conclui.