A Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da PUCRS recebeu na manhã desta quarta-feira, dia 13, a visita da Promotora de Justiça que investiga o Caso Eliseu Santos, Lucia Helena Callegari.
Com a proposta de simular uma coletiva de imprensa com a Promotora de Justiça, os alunos da disciplina de Online I, do curso de Jornalismo, tiveram a oportunidade de realizar perguntas sobre o Caso Eliseu. O ex-vice-prefeito de 63 anos, então Secretário da Saúde de Porto Alegre, foi morto no dia 26 de fevereiro de 2010, no bairro Floresta, na Capital, após sair de um culto. Na ocasião a Promotora, que também cuida do Caso Becker, divulgou uma informação em primeira-mão: a defesa de que o motivo do assassinato de Eliseu Santos se deu por homicídio qualificado. A informação exclusiva atraiu a imprensa, que logo procurou os professores de Jornalismo André Pase e Marcelo Träsel, para obter mais informações.
Segundo o jornalista e professor da disciplina Marcelo Träsel, a visita da Promotora foi muito importante, pois os alunos, futuros jornalistas, exercitam uma situação recorrente na vida profissional. “Os futuros jornalistas puderam conhecer mais a respeito do Judiciário e sobre Processo Penal”, defendeu Träsel.
Sobre a informação passada pela promotora (que no jargão jornalístico é chamada de primeira mão ou furo) em sala de aula, o professor ressaltou que, quando o profissional está preparado e vai atrás das informações, acaba conseguindo novidades. “Foi sorte, mas o mais importante é que as regras para o bom jornalismo servem para qualquer meio, seja em um exercício de aula, seja no mercado de trabalho”.
Para uma das alunas que estavam na coletiva, Morgana Gualdi, a experiência foi interessante. “Entre estudar o entrevistado, elaborar perguntas coerentes, prestar atenção para replicar as respostas e estudar os termos jurídicos, foi um grande desafio. Outro detalhe importante é a oportunidade que ela concedeu pra gente, primeiramente de falar a nossa turma e posteriormente de nos dar um furo jornalístico, ainda mais de um caso de repercussão, como o caso Eliseu”, completa.