Um dos proprietários da revista, o austríaco Christian Lürzer, participou do evento. Publica da bimestralmente, ela reúne os principais anúncios elaborados no período correspondente à edição. No mer cado publicitário, ter uma peça veicu lada na revista é sinônimo de êxito.
Lürzer conta que a equipe da publicação responsável pela seleção das peças recebe muitas inscrições de campanhas brasileiras, sendo o Brasil o maior polo publicitário da América Latina. Outro mercado que está em constante ascendência é o do Leste Europeu, que chega cada vez com mais força, concorrendo com as principais potências mundiais da publicidade.
As redes sociais aplicadas à publicidade foram um dos temas de constante debate durante o festival e, para Lürzer, o problema é que “todos estão querendo fazer tudo ao mesmo tempo, sem saber como fazer”. É justamente aí que deveria entrar em ação o jovem publicitário, para tentar renovar as campanhas e as velhas técnicas usando os novos meios, desde que sem exageros.
‘’Cada vez mais, em tempos de internet, queremos menos informações, queremos selecioná-las. O boom de informações trazido pelo advento da internet já cansou o consumidor’’, avaliou Lürzer ao explicar por que a publicidade deve selecionar com mais cautela os anúncios e campanhas publicados. O empresário aponta que o mundo publicitário está ficando saturado de idéias. ‘’Apesar de todas as novas tecnologias, podemos dizer que está cada vez mais difícil fazer publicidade, pois cada vez mais ideias já foram utilizadas’’, afirma.
Lürzer reconhece a importância e a dimensão do festival que se encerra hoje, destacando a massiva participação de estudantes. Ele considera o estudante uma peça vital na publicidade, pois a exerce livre de compromissos e limitações, tendo mais liberdade para criar e inovar. ‘’ Sempre vale a pena prestar atenção nos alunos, eles podem gerar grandes ideias e se tornar grandes publicitários’’, indica.