Os teóricos Michel Maffesoli (Sorbonne Paris V) e Muniz Sodré (UFRJ) participaram na última terça-feira, 4 de novembro, da palestra de abertura do X Seminário Internacional da Comunicação que tratou do conceito de imaginário e suas abstrações. A conversa aconteceu no Centro de Eventos da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), às 19 horas, e reuniu profissionais da comunicação de vários estados brasileiros e do exterior.
A abertura da palestra foi feita pelo Reitor da PUCRS Prof. Dr. Ir. Joaquim Clotet e pela Diretora da Famecos prof. Dra. Mágda Rodrigues da Cunha. Ambos mostraram-se honrados pela presença dos palestrantes e pela realização da décima edição do Seminário. Quem fez a apresentação de Maffesoli e Sodré foi o coordenador do Programa de Pós-Graduação da Comunicação Social da Universidade Juremir Machado da Silva que definiu como brilhantes os dois convidados.
Quando Muniz Sodré começou a falar, anotações passaram a ser feitas pelo público de 600 pessoas que estava compenetrado frente a oportunidade de saber sobre a questão do imaginário ativo na cultura nacional. “Não há no Brasil ativos pesquisadores do imaginário”, lamentou o teórico. Para ele, o conceito que antes era analisado por intelectuais, hoje não é mais. Para explicar isso, remeteu-se aos cultos brasileiros, objeto de algumas de suas pesquisas.
Michel Maffesoli dedicou-se a apresentar o tema Auguste Comte, pensador da pós-modernidade: o Grande Ser e a cibercultura. Mostrou, durante grande parte da palestra, que é importante viver o tempo presente e abandonar o individualismo epistático. Segundo Maffesoli, a perspectiva progressista, tão presente na pós-modernidade, é algo bastante complicado e que deve ser mudada. Quanto ao conceito de imaginário, retratou que estamos resgatando o seu significado primitivo aos poucos.
Michel Maffesoli