A experiência em Berlim coloca o candidato em contato com o cenário de inovações científicas na Alemanha (Foto: Natália Pegorer)
Já pensou passar uma temporada na capital alemã? E o melhor: recebendo conhecimento, experiência e também alguns euros? O Berlin Science Communication Award criou um programa que oferece bolsas para jornalistas científicos do Brasil, de Singapura ou dos Estados Unidos. O projeto age como residência de dois meses na capital Berlim. Os vencedores do prêmio permanecem de outubro a novembro de 2017 na Universidade Humboldt, estabelecendo contatos com pesquisadores e instituições alemãs. As inscrições para o programa estão abertas até o dia 17 de abril.
Ainda em dúvida se a Alemanha é um bom destino? Veja a palavra de quem esteve lá. É o exemplo do estudante de Publicidade e Propaganda da Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da PUCRS Eduardo Eckert, que realizou um intercâmbio de dois meses no país, conhecendo diferentes cidades. Segundo ele, a Alemanha é um país bastante receptivo, de bom humor e com inúmeros estrangeiros, tanto brasileiros quanto de outras nacionalidades. “O que me chamou a atenção foi como o país é organizado, tanto para turismo quanto para o comércio, quase todos sabem falar inglês, então, quando tu não sabia falar alguma palavra em alemão, acabava falando inglês que entendiam. Recomendo a todos visitar Koln e Berlim, cada parte das cidades tem uma história diferente sobre o que o país viveu” explica.
Para Bianca Schmidt, formada em Farmácia pela PUCRS e residente no Hospital São Lucas, o interesse pelo país europeu é antigo, tendo em vista que sempre leu sobre a Alemanha, mas principalmente pelas duas grandes guerras que aconteceram no país. “As cidades que eu visitei, Berlim e Munique, são completamente diferentes. Berlim é moderna e urbana, mas consegue em sua contemporaneidade mostrar a sua história. Enquanto que Munique, a cidade da Octoberfest, é muito noturna, alegre e movimentada, lembrando as cidades de origem alemã do sul do Brasil. Eu sugiro reservar pelo menos uma semana para conhecer as duas cidades, os monumentos, parques e igrejas, a história, a cultura e a gastronomia”, completa.
Priscila Witt, estudante de Administração da PUCRS, ficou quatro dias em Berlim e amou ter conhecido a cidade, linda e cheia de histórias. Na época morando em Dublin, quis ir a Berlim pelo que já aconteceu na cidade e pelo peso histórico que carrega. A estudante diz que os alemães são todos muito solícitos com os turistas, o que tornou a viagem ainda mais fantástica. “O memorial do Holocausto, que é um lugar com uma energia bastante pesada, afinal é um memorial aos Judeus mortos na Europa. Porém, é um lugar que vale muito a pena conhecer. E o principal pra mim que é o muro de Berlim, o que restou dele na verdade. É um lugar fantástico, com pinturas lindas e significativas”, ressalta.
Como participar:
Para participar do programa, é necessário ter experiência comprovada de dois anos na área de jornalismo cientifico ou de relações públicas com ênfase em ciência. Em um primeiro passo, é preciso preencher o formulário, anexar cinco matérias já publicadas sobre temáticas científicas e o currículo. Feito isso, o candidato deve enviar um video introdutório de dois minutos, contando sua experiência profissional, planos para o período em Berlim. O comprovante de fluência em inglês e uma carta de recomendação também são itens exigidos.
No período em que o participante estiver no país, cabe a ele desenvolver diferentes formas de cobertura jornalística e também planejar um evento no seu país de origem. Os selecionados no projeto ganham o auxílio financeiro de 2,5 mil euros por mês enquanto estiverem em Humboldt. Também está incluso o custo das passagens aéreas de ida e volta para a Alemanha, e remuneração de 1,5 mil euros para planejamento e execução do evento temático no país de origem do participante.
O programa é uma parceria entre a Universidade Humboldt, o Ministério da Educação e Pesquisa alemão e a DFG, Fundação Alemã de Pesquisa.