O artigo apresenta a formação híbrida da subcultura cyberpunk através de duas subculturas juvenis de ordem rebelde e artística: hackers e industrial (rivetheads). A apropriação dos elementos estéticos do cyberpunk aparece em ambas, em seus estilos de vida, na atitude, na figura do personagem “andarilho”, nos diferentes usos da tecnologia e na fusão homem-máquina. Baseando-nos na estética do cotidiano e no conceito de subcultura dos estudos culturais ingleses, essas subculturas apresentam-se como formadoras do cyberpunk, a partir do elemento punk em seu conceito e possuem como vetor a cultura pop e a comunicação, sendo a micro-mídia (THORNTON, 1996) a amplificadora de suas idéias, mostrando uma flexibilização entre as distintas identidades e a alternância de influências entre o mainstream e o underground.